Seria o Messias? Tal reflexão rondava a mente, tanto dos discípulos, quanto do povo em geral, no momento em que Jesus entrou em Jerusalém. Já diziam os antigos que um descendente de Davi viria para derrotar os inimigos. Então, vamos aclamá-lo: Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Todavia, o projeto do Reino era bem diferente do imaginário popular. Ele não veio salvar o seu povo dos opressores romanos. Ele não veio cercado por um exército revolucionário. Ele não tinha espada, nem sequer cavalo. O jumento era emprestado. As vestes estendidas não eram suas. Voz do povo, voz de Deus? Jamais! Ele é o Messias, sim. Mas, não na expectativa do povo. Ele tão somente cumpria o propósito do Pai. Ou seja, nas palavras de João Batista: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29). Seu destino não era o palácio, muito menos a glória humana. Não demorou muito, ao povo que deseja apenas “espetáculo” agora decepcionado, gritar: Crucifica-o! Todavia, Jesus não se queixa. Ele tem consciência do sacrifício. Ele não busca poder. Ele se entrega em amor. Como é difícil entender os propósitos de Deus. Como é difícil aceitar que Jesus anda na contramão dos desejos humanos. Ele não quer ser aplaudido. Ele é o Servo Sofredor (Isaías 42). Por fim, ajoelhado abre o coração: Pai! Busquei-os como uma galinha que ajunta seus pintinhos. Mas, eles não me quiseram (Mateus 23.37-39). Domingo de Ramos nos traz a oportunidade de reflexão: Afinal que tipo de Messias espero? Apenas alguém que ocupe o poder no palácio? Ou, um Salvador que age por amor? Alguém que procura a glória humana ou a glória de Deus?