Diógenes (400-325 a.C) era um filósofo “cínico”. Na atualidade, costuma-se chamar de cínico aquele que é debochado. Na Filosofia, o termo está relacionado aos que questionam os valores habituais. Não faltam histórias sobre as excentricidades do filósofo que vivia perambulando pelas ruas. Certa vez, o poderoso rei Alexandre ficou curioso a seu respeito. Quando o encontrou deitado na praça, perguntou: Há algo que eu possa lhe ajudar? Diógenes respondeu: Você está bloqueando a luz do sol. Poderia afastar-se. Na linha de pensamento do cínico, as riquezas e o poder - convencionalmente sinais de sucesso - deveriam ser desprezados, em vez de admirados. O cínico procurava viver em sintonia com a natureza, suprindo apenas as necessidades mais básicas. Diógenes fez sua casa nas ruas, dormindo ao ar livre, às vezes num barril. Ele se esforçava em busca da simplicidade, o que – em qualquer época ou lugar – continua sendo um desafio. Como diz o apóstolo: “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4.11).
De 2013, “Simplicidade” com Wilson Paim.