A virada de ano é conhecida como “Noite de São Silvestre”. Mas, afinal quem foi Silvestre? Era um papa que faleceu em 31 de dezembro de 335. Ele liderava a igreja e comandou a construção de inúmeros templos, quando houve liberdade de culto aos cristãos após suposta conversão do imperador Constantino. Na sua época, também foi elaborado o Credo Niceno, documento essencial à unidade dos cristãos. Em São Paulo, há uma concorrida competição esportiva que atraí atletas de diversas nações que carrega o nome do santo por acontecer no último dia do ano. A realização da São Silvestre nasceu quando, em viagem a Paris, o jornalista Cásper Líbero assistiu a uma prova noturna na qual os atletas carregavam tochas de fogo. De volta ao Brasil, o jornalista reuniu 60 competidores à primeira “São Silvestre” em 1918, a qual logo mais (1925) começou a ser realizada nas ruas centrais de São Paulo. Até 1988, o evento ocorria à noite. Hoje, à tarde. Teve várias distâncias e percursos. A partir de 1945, contou com a participação de atletas estrangeiros. Em 1975, o Ano Internacional da Mulher promovido pela ONU, a São Silvestre instituiu a primeira prova feminina. Mescla de competição e festa, com o charme da noite e pelo fato de ser disputada no último dia de cada ano, a “São Silvestre” ganhou prestígio no exterior, unindo atletas profissionais, amadores, de todos os cantos do Brasil e do mundo, homens e mulheres... Num mundo que tende a divisão, qualquer atividade que gera união merece respeito e destaque, tal qual a atitude de Silvestre, lá no início.
De 1970, “Unidos no Espírito”.