Apesar da miséria e tristeza que havia nos campos de concentração sob Hitler, era costume aos prisioneiros reunirem para relembrar suas próprias histórias. Eles se dedicavam, tanto a contar suas jornadas, quanto ouvir uns aos outros, valorizando assim suas experiências. Também, como judeus, recontavam a história do Povo de Deus para se reanimarem na fé. Na verdade, o mesmo Deus que libertou o povo da escravidão no Egito – apesar de todo sofrimento - continuava no comando em meio à guerra na Europa. Hoje, vivemos tempos de intensa liberdade, onde a correria é que desvia o foco. O tempo passa muito rápido. Há a impressão de não conseguimos mais dar conta do recado. É preciso parar e voltar a pensar naquilo que dá verdadeiro valor à nossa vida e nos traz esperança. No Sermão do Monte, quando Jesus alertou que Mamon (riqueza) deseja tomar o lugar do verdadeiro Deus (Mateus 6.24) parece que visualizou os dias atuais, onde as pessoas valem o quem tem, ou ainda valem o que podem comprar. O dinheiro virou deus. Então, com urgência, coloca-se diante de nós a oportunidade de reunir a família e recontar a história do verdadeiro Natal. Não se trata apenas de retirar o consumo em torno do Papai Noel. Antes, é um resgate da história de salvação ocorrida em Belém. Deus não apenas visita a humanidade, mas também se achega à minha casa e ao meu coração. Por isso, aproveite o tempo de Advento, a família reunida na véspera ou ceia de Natal, relembrando o nascimento de Jesus, orando pelas pessoas, famílias e mundo. Que Deus nos abençoe!
De 1997, “Uma Grande Família” com Chitãozinho e Xororó.