Uma suave brisa, onde o ar quente mistura-se ao ar gelado. Após um entardecer e início de noite de muita destruição, o perigo ainda ronda a cidade. Os ventos dão uma pausa. Nas trevas, se vê na vizinhança pequenas luzes de velas e lanternas acesas. Ao longe, se ouvem as sirenes de bombeiros e ambulâncias. O que será que se passa na cidade e no coração das pessoas? Minha esposa ilumina o chão com sua lanterna. O pátio está forrado de telhas, latas e galhos. Só cacareco espalhado por todos os cantos. Todavia, ao elevar os olhos ao céu, é possível ver inúmeras estrelas. Na falta de energia, a noite escura possibilita uma visão única. Em meio à destruição, se percebe a mão de Deus. Ele continua sendo Senhor, sobre céu e terra. Em meio à tragédia sempre de novo é possível reconhecer quem é que toma conta da gente em qualquer situação. Na manhã seguinte, bem devagar a povo se torna ciente da situação e começa a colocar suas mãos à obra. É momento de chorar e reconstruir. “Fortaleceram as mãos para a boa obra” (Neemias 2.18).