Qual é a responsabilidade das igrejas diante do Coronavírus? Existe um grupo APOCALÍPTICO que coloca toda a culpa nas costas do maligno, dizendo que uma NOVA ORDEM MUNDIAL está sendo implantada, onde o anticristo dominará. De fato, a Bíblia traz esse ensinamento. Mas, em todas as pragas, guerras e desastres mundiais houve a tentativa de culpar somente o capeta. É mais fácil e infantil jogar a responsabilidade adiante e se esconder debaixo de uma pretensa espiritualidade. Tal atitude se identifica mais com Pilatos lavando suas mãos dizendo: Não é comigo. Não tenho culpa! É uma irresponsabilidade. Outro grupo é o MÁGICO, que apela ao argumento bíblico do MILAGRE. Um missionário aposta em suas poderosas orações, outro bispo vende feijão, outro óleo, outros tantos indicam um remédio que se vende em qualquer farmácia e assim vai uma fantasia depois da outra. Soluções rápidas e milagrosas. De fato, a ideia é de que você pode fazer o que quiser. Se o mal te pegar, Deus vai te proteger com um “abracadabra”. Que Deus faz milagre ninguém nega. Eu acredito que Ele tenha livrado muitos do Corona. Mas, usar a fé para brincar com a própria vida e também com aqueles que nos cercam é estupidez. Por último, mesmo com o decreto de isolamento, muitas igrejas se acharam acima da lei e continuaram se reunindo. É o grupo SUBVERSIVO. Ou seja, deliberadamente propagaram o vírus, agindo sob o pretenso argumento que a igreja é local de REFÚGIO. Em nome da fé, causam mais mal do que bem. Se o próprio governo - coisa rara - na cartilha de recomendações valorizou a espiritualidade individual e o culto doméstico, porque - seguindo o pai da mentira - muitos se reuniram escondidos? Outros “interpretaram” os pequenos grupos como culto doméstico, misturando gente de todos os lados. A lei é clara. Se os cristãos burlam, deixam um péssimo testemunho!
Desde o princípio a direção da IECLB decretou que os templos permanecessem fechados. Também, que os encontros nas casas fossem interrompidos. Por outro lado, foram incentivados os devocionais familiares e a ampla utilização de mensagens eletrônicas. Somente nesta semana, com muito temor, a direção da igreja liberou os sínodos e as paróquias à realização dos encontros presenciais no templo. Contudo, deixou muito claro: Se realizarem, que seja de acordo com a lei. Cada paróquia deve identificar sua realidade particular, assumindo o preço da escolha. A decisão de realizar os cultos cabe ao Presbitério local. Como Paróquia Martinho Lutero (Garuva, Itapoá e Guaratuba) decidimos esperar mais um pouco, em vista de que dia a dia o número de infectados aumenta. Não desejamos colaborar na propagação do vírus. O atendimento aos membros continuará no mesmo sistema proposto desde o início da quarentena. De coração apertado, reafirmamos as palavras do salmista: “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido. Ele concede bênção e vida para sempre” (Salmo 133). Como igreja, promovemos a vida. Pela fé, desejamos ser uma bênção. Por isso, não queremos brincar com a fé das pessoas, muito menos com suas vidas.