Paróquia Martinho Lutero

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Pouco para ser feliz...

16/02/2018

Uma gabiroba caiu no rio e foi levada pelas águas, após uma enxurrada. As águas baixaram e ela ficou alojada no meio das pedras. O sol veio e a torrou. Oh, vida cruel! Exclamou a pequena frutinha. Eis que escuras nuvens a cobriram e a chuva chegou. Sequer deu tempo para agradecer pelo frescor quando sentiu cócegas e viu uma larva, atracada no restinho de polpa que lhe restava. Novamente exclamou: Oh, vida cruel! Mas, é assim mesmo. É o ciclo natural. Daquele “resto”, uma pequena sementinha largou suas raízes às profundezas. A terra fofa entre as rochas foi brincadeira às suas pequenas e teimosas raízes. Por um bom tempo, houve sossego. Ela crescia. Miudinha se tornou árvore. No seu canto, apenas meditava no que poderia acontecer no futuro. Um pouco pessimista, imaginava virar lenha e queimar num fogão qualquer. Passaram-se anos e aquele temor não a abandonava. Ela crescia, estendia seus ramos. Agora adulta - “dona-de-si” - já resmungava: Nada de diferente, nem o lenhador... Afinal, porque estou aqui? Qual o sentido da vida? Certa manhã, sentiu um cutucão. É o lenhador! Pensou. Que nada... Apenas um pica-pau, que notou a tristeza da gabirobeira. O que que há? Perguntou. Ela foi ligeira em dizer: Não sirvo pra nada! O pica-pau apontou e disse: E aquele ninho de pomba? Foi você quem fez? Não! Então, ao menos um casal de pombos está alojado e protegido em teus galhos. Daquele dia em diante, a árvore começou a observar a quantia de passarinhos que paravam em seus galhos. Eram bandos quando havia frutos. Sentiu-se revigorada. Seus galhos espicharam-se aos céus dando graças a Deus. As folhas pegaram um brilho todo especial. Noutro dia, escutou vozes... Pensou: Agora que estou tão feliz vem o lenhador e me leva ao fogão... Cruiz-credo! Para sua surpresa era um avô com seu netinho que estavam ali perto, pescando à beira do rio. Ao se aproximarem escutou a voz rouca do avô: Veja só que bela sombra! Vamos dar uma cochilada? A gabirobeira se encheu de orgulho e disse: Oh, vida boa! Tal “conto” faz parte também da natureza humana. Como é fácil se lastimar e observar somente as desgraças. Como se torna gostosa a vida quando damos atenção aos pequenos momentos e atitudes que cercam nosso viver diário. Sempre é possível dar um palavra de ânimo, estender a mão, servir de sombra àquele que deseja abrigo. Leia Colossenses 2.6-7 e seja agradecido a Deus pela sua vida!


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Colossenses / Capitulo: 2 / Versículo Inicial: 6 / Versículo Final: 7
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 45846

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