Tomo a liberdade de fazer uma confissão. Em Pouso Redondo, a casa pastoral fica em frente ao cemitério. Muitas vezes, preparando meu jardim, peguei mudas de flores e folhagens no cemitério. Havia ali uma grande variedade de plantas, expressão do gosto e do jeito das famílias que tinha lá suas sepulturas. De maneira geral, costumo olhar aos cemitérios como jardins que oferecem diferentes tipos de mudas. Todavia, é possível ampliar a visão às pessoas falecidas. São homens e mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos. São pobres e ricos, alguns fiéis e outros menos. Cada pessoa que partiu deixou sua parcela na história. Deixou uma marca, uma muda de flor. Aprendemos com as virtudes, também com os erros. Certo é que escolhemos o que queremos plantar e o que vamos colher. Me arrisco em dizer também: Escolhemos o que vamos plantar e deixar às próximas gerações. Eu quero ser lembrado como alguém que viveu na fé, que procurou caminhar ao lado de Jesus, que deixou bom exemplo, boas marcas, boas mudas. Não para minha glória. Mas, para a glória de Deus. Por isso, quando passar (ou chegar) num cemitério diga com convicção: Eu sei quem me criou. Eu sei quem me mantém. Eu sei que Deus tem um propósito à minha vida. Não quero mais desperdiçar os meus dias. Não quero mais viver de modo egoísta. Eu quero deixar boas mudas dentro da minha família, da minha igreja, da sociedade. Isso é possível, sim. Coloque Jesus no centro da tua vida. Deixe a Palavra de Deus dirigir os teus passos (Salmo 119.105). Amém!