“Disse-lhes Jesus: Vinde após mim. Eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4.19).
Era uma Associação de Pescadores, que viviam no meio de rios e lagos, cheios de peixes famintos. Eles se reuniam regularmente para discutir sobre o chamado para pescar, a abundância de peixe e a emoção de pegar peixes. Ficavam muito animados com o assunto da pescaria. Alguém sugeriu que o grupo precisava de uma filosofia de pesca. Assim, cuidadosamente, definiram e redefiniram a pesca e o propósito da pescaria. Desenvolveram estratégias e táticas. De repente perceberam que haviam começado de trás para frente – haviam se interessado pela pescaria do ponto de vista do pescador e não do ponto de vista do peixe. Como o peixe vê o mundo? Como vê o pescador? O quê e quando o peixe come? Era importante entender essas coisas. Por isso, iniciaram estudos e pesquisas. Participaram de conferências sobre a pescaria. Muitos viajaram a lugares longínquos para estudar diferentes tipos de peixes, com diferentes hábitos. Alguns obtiveram Ph.D. em Piscicultura. Contudo, ninguém havia ido pescar. Então, formou-se um comitê para enviar pescadores. Havia muito mais lugares propícios para pescar do que pescadores. Por isso, o comitê precisava determinar prioridades. A lista de prioridades foi colocada em quadros de avisos em todos os salões da Associação. Mas, como antes, ninguém estava pescando ainda. Foi feita uma pesquisa para saber por quê. A maioria não respondeu ao questionário. Mas, entre os que responderam, descobriu-se que alguns se sentiam chamados para estudar a pesca, outros para fornecer equipamentos de pesca e outros, ainda, para encorajar os pescadores. E, com tantas reuniões, conferências e seminários, simplesmente não tiveram tempo para pescar. Jacó era novato na Associação de Pescadores. Depois de uma reunião muito animada, ele foi pescar. Fez algumas tentativas, pegou o jeito e conseguiu pegar um lindo peixe! Na reunião seguinte, ele contou sua história e foi elogiado pelo sucesso. Acabou sendo convidado para falar em todos os núcleos da Associação e contar como havia sido a sua pescaria. Assim, com tantos compromissos e por ter sido eleito para a diretoria da Associação, Jacó nunca mais teve tempo para pescar. No entanto, não demorou muito e ele começou a se sentir intranquilo e vazio. Teve saudades da pesca propriamente dita, de sentir o puxão no anzol. Assim, decidiu deixar a diretoria da Associação, bem como os demais compromissos com os núcleos. Ele convidou um amigo para ir pescar com ele. Os dois foram – sozinhos – e pegaram peixes. Os membros da Associação de Pescadores eram muitos e os peixes eram abundantes. Mas, os pescadores continuavam sendo muito poucos. Texto da Revista Ultimato, autor desconhecido.
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram...” a pescar (Atos 2.1-41).