Aninha, por causa de seu caráter impulsivo, tinha raiva na menor provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes, ela sentia-se envergonhada e esforçava-se por consolar a quem tinha magoado. Certo dia, o professor a viu pedindo desculpas à sua amiga após uma explosão de raiva. Ele se aproximou e lhe entregou uma folha de papel lisa, dizendo: Aninha! Amasse bem a folha! Ela fez uma bolinha de papel. Agora... Ordenou o mestre... Deixe-a como estava antes. É óbvio que ela não conseguiu. Por mais que Aninha tentasse, o papel ficava cheio de pregas. Então, disse-lhe o professor: O coração das pessoas é como a folha. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados. Assim a menina aprendeu a ser mais controlada. Quando sentia vontade de estourar, lembrava o papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Certo sábio afirmou: Fale somente quando tuas palavras forem tão suaves como o silêncio. Ou, também conforme os conselhos bíblicos... A resposta branda desvia o furor. Mas, a palavra dura suscita a ira. A língua dos sábios destila o conhecimento. Porém, a boca dos tolos derrama a estultícia (Provérbios 15.1-2).