Hoje comemoramos o Dia do Colono. É uma oportunidade para relembrar a saga dos nossos antepassados que vieram da Europa. A situação vivida pelos pioneiros ligados à agricultura é um retrato constante da humanidade. Muitos foram jogados no meio da selva com alguns implementos. Assim, precisavam dar conta da sobrevivência da família. Inicialmente, eles abriam uma clareira na mata. Usando a própria madeira e folhas de palmeira, construíam uma choupana, que serviria de abrigo. A humilde moradia e, quem sabe, um rústico cercado isolavam a família da mata desconhecida com seus perigos. Mesmo assim, a atenção precisava ser constante. Com muita dedicação, seguindo as necessidades de sobrevivência, a selva seria derrubada e novos limites com o desconhecido alcançados. A medida que aumentava o explorado também crescia a fronteira com o desconhecido. Em nossos dias, os avanços da humanidade são constantes. As descobertas, incríveis. A ciência não tem limites. Mas, o desconhecido continua mais presente do que nunca. Há 200 anos atrás, na colonização, tudo era bem diferente. Há um ano atrás, seria inimaginável o que vivemos hoje. O mundo avança. Mas, as novas fronteiras apresentam novos desafios e novos medos. A pandemia comprova tal realidade. Todavia, não paramos. Sempre queremos mais. Historicamente, sabemos que a luta pela sobrevivência motivou nossos antepassados. Negativamente, muitos foram tomados pela ganância. Não colocando limites à destruição, seja da natureza, como também da própria família ou do corpo. Positivamente, precisamos reconhecer que a fé ajudou não somente a preservar as tradições familiares e espirituais, como também foi combustível à construção da sociedade. Que o difícil ano de 2020 seja de reconsagração a Deus, de firmar propósitos não apenas materiais, mas também espirituais.