Certo padre idoso foi enviado para uma pequena paróquia do interior. Ele era admirado por ter profunda espiritualidade. Mas, também por ser uma figura fora do comum. Depois de passar um mês conversando com as pessoas, conhecendo seus fiéis, reconhecendo a realidade, ele apareceu na Missa calçando num pé uma sandália, noutro um sapato. Os fiéis estranharam. Mas, a fama precedia o padre. Alguns homens até tentaram puxar assunto para questioná-lo, mas desistiram. As mulheres fizeram uma vaquinha e compraram sapatos novos e brilhantes, que foram aceitos com gratidão, mas não foram usados. Por fim, o presidente marcou um encontro de liderança para conversar sobre alguns assuntos, colocando como último item da pauta a “moda suspeita” do padre. Entre os assuntos iniciais da reunião, perguntaram ao padre sobre suas primeiras impressões na paróquia. Ele disse que o desafio seria grande, pois achava muito estranho que muitos fiéis tinha um pé na igreja católica e o outro no espiritismo, nas igrejas pentecostais e alguns até em seitas esotéricas. Por fim, disse: Cada um é livre para fazer o que quiser, mas não é certo agir assim. Todos ouviram e se aquietaram. Os demais assuntos foram tratados com tranquilidade até que chegou na “moda suspeita” do padre. Ao ser questionado, ele simplesmente disse: O pé é meu e o calçado também. Por que vocês se metem na minha vida? Sou ou não livre para me vestir do jeito que eu quero? O presidente irritado com a moda do padre tomou a palavra e respondeu: Liberdade você tem, mas que não é certo e nem bonito não é! Como já estava previsto pela fama que o antecedia, a resposta do sacerdote veio à altura: Podemos também questionar as pessoas por ter um pé na igreja e o outro noutro caminho? Não é certo, nem bonito!