Apesar de ser um homem solitário e morar no meio do mato, ele era reconhecido por todos por causa de sua sabedoria e prontidão para ajudar. Esporadicamente, recebia algumas visitas, as quais sempre atendia com carinho. Certa manhã apareceu um jovem carregado de tristeza que disse: Sábio! Enxergo tanta maldade. Parece-me que o mundo caminha à destruição. Confesso que, sem esperança, me sinto inútil. O que eu posso fazer? O sábio olhou com compaixão e apenas lhe aconselhou: ORE! Mas, isso resolverá alguma coisa? O que devo pedir a Deus? O sábio sorriu e continuou: Quando era moço, eu também via muita coisa errada. Como cria no impossível, me ajoelhava diante de Deus e pedia forças para mudar a humanidade. Aos poucos, percebi que tal pedido era uma tarefa muito além das minhas forças. Então, comecei a pedir a Deus que me ajudasse a mudar apenas o que estava errado à minha volta. Aí percebi que as minhas preces começaram a surtir certo efeito. Todavia, somente agora, no final de minha vida, entendi melhor que Deus deseja. Hoje consigo orar de uma forma mais correta. Com curiosidade, pergunto o jovem: Então, como deve ser oração? Cada um peça a Deus para mudar a sua própria vida. É isso o que Deus quer. Basta a gente desejar e permitir. A partir do nosso coração, as transformações ocorrerão à nossa volta e no mundo. “Ó Senhor! Cria em mim um coração puro”. É a oração do Salmista (51.10).
“Bondoso Amigo” com Mattos Nascimento.