Toda mudança pastoral é sofrível, tanto ao ministro, quanto à Comunidade. Na minha primeira mudança de Pouso Redondo/SC a Panambi/RS, algumas pessoas amigas ajudaram a carregar o caminhão. Lá pelas tantas, vi um sujeito abrir uma caixa e tirar uma faca de pão. Não teve jeito, nem argumento... Ele simplesmente disse: Vou levar! Depois de alguns meses, em férias, fui visitar a família do “ladrão”. Na hora do café, lá estava a faca. Confesso que tive vontade de pegar a faca e escondê-la na minha mala, pois “Ladrão que rouba de ladrão tem mil anos de perdão”. Mas, num relance fui iluminado por Deus... Entendi que a “faca” era a lembrança diária (e oração) daquela família ao “amigo” que agora estava “distante”. São pequenas e espertas amostras de carinho que tornam a vida pastoral mais leve. Mas, por favor, não façam do exemplo um hábito... Capaz de não sobrar objetos à mudança. O sábio explicou com exatidão dizendo: “Em todo tempo ama o amigo. Na angústia se faz o irmão” (Provérbios 17.17).