Era um terreno baldio. Ninguém dava valor. Aliás, servia muito bem à vizinhança como depósito de lixo. Primeiro, vieram entulhos. Depois uma caçambada de cisco. Alguns, na ausência da coleta de lixo, também depositaram ali as sobras da cozinha. Mas, a natureza surpreende. Ela impõe as suas regras. A terra era boa. Nasceu ali uma goiabeira. Ela vingou rapidamente. Estendendo seus galhos verdes ao céu azul. Os frutos amarelinhos eram saboreados, tanto pela gurizada, quanto por inúmeros passarinhos coloridos. A surpresa foi ainda maior quando, junto ao tronco da goiabeira, começou a subir um pequeno pé de maracujá. Muito miúdo... Mas, que dia após dia avançava palmo a palmo, crescendo e tomando conta. Soltou ao ar belas flores que atraíram abelhas, borboletas e beija-flores. Logo em seguida, apareceram os frutos. A goiabeira, tal qual pinheirinho de Natal, encheu-se de bolotas verdes e amarelas. A natureza fazia festa, louvando ao Criador, seguindo o rumo previsto por Deus como previsto no princípio: No Éden havia árvores com suas frutas e sementes (Gênesis 1.11-12).