Aramaico era o dialeto de Jesus. Para ser ainda mais compreensível nas suas pregações, ele costumava usar as parábolas. Ao conversar com os doutores e fazer leituras nas sinagogas, Jesus mostrou que dominava também o idioma hebraico, língua oficial do povo judeu. Em tais situações, ele tinha falas mais elaboradas e profundas (Sermão do Monte, Mateus 5-7). Quando lidava com autoridades civis (Jairo e Pilatos), possivelmente Jesus usou o idioma grego. Em momento algum se expressou em línguas estranhas. Também, sempre foi muito claro em suas colocações. Em Pentecostes, quando desceu o Espírito sobre os discípulos, eles foram abençoados com a capacidade de falar outras línguas, desconhecidas pelos discípulos. Porém, não eram estranhas. Naquele dia, o Evangelho foi transmitido de maneira compreensível aos visitantes estrangeiros que estavam em Jerusalém em seus próprios idiomas. Somente na Comunidade de Corinto é citada uma língua “estranha”, identificada como “dos anjos”, que mais incomodou do que ajudou o apóstolo Paulo e a igreja local. Jamais podemos impor tal situação para toda igreja e todas as épocas, pois nem Jesus, nem os apóstolos falaram “línguas estranhas”. Infelizmente, o que se vê hoje são pessoas se gabando de ter “algo a mais”, uma prova de maior espiritualidade. Mas, de fato, será que são mais espirituais ou mundanos? Segundo 1 Coríntios 13.13, o que jamais deveria faltar aos cristãos é a linguagem do “amor”. Exemplo e inspiração temos em Jesus.