Gastão era conhecido por sua generosidade. Vivia cercado de amigos. Assim como ajudava, era também abençoado. A lavoura produzia em abundância. Os negócios, sempre justos, geravam bom retorno. Quando questionado sobre sua riqueza, ele apenas dizia: Deus é bom! Tudo o que tenho... O jeito que vivo é graças a Ele. Certa feita, recebeu a visita da afilhada. Muito inteligente, a menina veio com a intenção de descobrir a razão do padrinho ser “mão aberta”, sem se deixar lograr, enriquecendo cada vez mais. Atenta, ela observava tudo, fazendo anotações. À noite, no seu quarto refletia. Entre suas descobertas... Imaginei que ele morasse numa mansão. Surpreendi-me em encontra-lo numa casa simples, mas confortável. Ele podia ter diariamente um banquete. Mas, preferia frutas e saladas. Se quisesse, dirigiria uma Ferrari. Todavia, gostava de ir ao centro de bicicleta. Num domingo, após o Culto, ela encorajou-se e perguntou: Padrinho! Como é que você consegue ter tanto sucesso nos negócios, ter tanto dinheiro e amigos, levando uma vida tão simples? Gastão retirou do armário uma vela. Acendeu-a e deu à menina, ordenando: Dê uma volta pela casa. Vá ao pátio e à garagem. Depois, volte aqui. Mas, cuidado: Não deixa a vela se apagar. Ao se aproximar novamente, ele disse: Agora você pode descansar. Ela abaixou a mão e uma suave brisa apagou a vela. Então, Gastão, declarou: Querida! Hoje você aprendeu duas lições. Primeiro, a vida exige concentração e cuidado. Para que a luz permaneça acesa é preciso foco na pequena chama da vela. Na nossa jornada, para ter sucesso, é preciso estar atento a Jesus, nossa luz (João 12.8). Existe muito movimento à nossa volta. Existem muitos brilhos. Mas, a nossa atenção precisa estar em Deus e na sua Palavra (Salmo 119.105). Segundo, a chama consome a vela. Também, num instante, está aí, noutro se apaga. Assim é nossa vida. Ela é muito breve. Cada novo dia, ela fica mais curta. Logo partimos à eternidade. Será que conseguimos ser luz? Ajudar o outro, em amor, sem segundas intenções é sempre um desafio. É um exercício diário. O evangelista João dá o seguinte testemunho sobre o Batista: Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz (João 1.8). Que Deus o abençoe!