Hoje é dia de recordação, gratidão e desafio. Não conheci meu avô Edmundo que faleceu dois anos antes do meu nascimento. A respeito dele, somente “ainda” escuto muitas histórias. A viúva Elsa passou a residir com os filhos, mudando de temporada em temporada. Ou seja, parte da minha infância convivi ao seu lado. Porém, cedo também faleceu. Meu avô Richard, alemão de nascimento, infelizmente partiu logo após a nossa mudança para Canoas. Ou seja, teria o privilégio de, na adolescência, escutar dele a história da família “Schieck”. Mas, o convívio durou poucos meses. Somos da mesma data de nascimento (22/02). Ele faleceu aos 85 anos. Eu, na época, com 11 anos. Todavia, agradeço imensamente a Deus pela oportunidade de convivência mais longa com a Maria, que alcançou 92 anos. Ela me contou inúmeras histórias de sua família e também do meu avô. Ela me confiou as fotos antigas. Dela, herdei uma Bíblia em língua alemã. Dedicar tempo aos antepassados, seja da família ou idosos em geral é valorizar um tesouro único e garantir um patrimônio tanto cultural, quanto histórico. As pessoas “antigas” viveram tempos difíceis. Elas preservam conhecimentos naturais (agricultura, culinária, medicina), ainda úteis e necessários. Também, ao “conhecer” a própria história, podemos “reconhecer” virtudes e falhas que acompanham as gerações. Há muito para ser valorizado. Há também oportunidade para corrigir rumos. Lembro aqui uma antiga palavra que diz: “Lembrem que Deus é fiel. Ele mantém a sua aliança. Ele continua a amar, por mil gerações, aqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos” (Deuteronômio 7.9). Por isso, um desafio: Dê atenção aos idosos. Isso fará bem tanto ao que fala, quanto ao que ouve também.
Com Ângela e Ivone, “Sou Grato”.