Na estante da sala havia muitos livros. A pequena Carolina admirava aquela bela coleção. Volta e meia, ela apontava dizendo: Pai! Lê uma história daquele livro. Com o passar dos anos, ela já alcançava os livros. Pegava um e pedia: Pai! Lê aqui. Todavia, havia um livro preto que nunca era mexido. Pela capa, não tinha nenhum atrativo. Dentro, não mostrava figuras. Certa noite, Carolina colocou-se diante do aparelho de TV com o livro na mão. Pai! Aqui diz “Bíblia Sagrada”. O que isso significa? Tentando espiar pelo lado do corpo da menina para continuar assistindo ao jogo, ele responde meio sem graça: É a Palavra de Deus. De Deus? Por quê nunca o abrimos? Você jamais o pegou ou se interessou. Agora, fiquei curiosa! O que Deus tem para nos dizer? Disse a menina: Pai! Abra e leia um pedaço. Ele ficou aborrecido com a interrupção no futebol. Todavia, amava demais a filha. De maneira nenhuma deixaria de lhe dar a atenção necessária. Então, sugeriu: Querida! Abra aonde você bem quiser, alcance-me que vou ler exatamente onde desejar. Havia um cordão encarnado no meio da Bíblia, onde um trecho estava destacado. De imediato, a pequena meteu o dedo em cima perguntando: O que diz aqui? Ah! Exclamou o pai. É o nosso lema de casamento: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15). Do nada, Carolina questionou: Nós estamos fazendo isso? Naquela noite houve uma conversão radical na vida familiar. A Bíblia passou a ser lida diariamente. A família voltou à vida comunitária. Eles passaram a andar lado a lado com o Senhor.