Toninho morava perto de um rio. Ele gostava muito de fazer barcos. Ele fazia barquinhos de papeis, que acabavam se desmanchando na água. Certo dia usou papelão, mas também se desfez. Com a ajuda do avô, construiu um barco de madeira. Seus olhos brilharam de alegria ao ver o barquinho colorido. Ficou lindo. Com todo cuidado, ele colocou o barco no tanque de sua casa. Pensou: De nada adianta um barco, se não flutuar. Todas as tardes, ele brincava alegremente com o seu barquinho. Certo dia, Toninho tomou coragem e levou seu barco ao rio. Amarrando uma linha na ponta, ele soltava o barquinho na correnteza, puxando-o de volta em seguida. Tudo ia muito bem até que a linha enroscou num galho. Puxando com força, ela se rompeu. O barco foi carregado pela correnteza. Toninho tentou acompanhar, mas perdeu de vista a sua criação. Ficou aborrecido por muitos dias, mesmo com o avô prometendo ajuda-lo a construir outro. Eu quero aquele! Dizia o menino quase chorando. Naquela manhã, ao voltar da escola, viu o seu barco na vitrine da loja de Caça & Pesca. De imediato, entrou e já foi dizendo: O barco é meu! Porém, o dono da loja retrucou: Eu estava pescando e o recolhi das águas. Eu o achei perdido. Ele é meu! Se quiser, posso te vender por “tanto”. Toninho não tinha dinheiro. Nunca teve tal soma no bolso. Era muito dinheiro para um menino. Mesmo assim, decidiu-se em conseguir o valor. Voltou para casa, relatando o fato aos pais e avô no almoço. Então, a mãe propôs: Meu ajuda a cortar a grama, dou tanto. O pai emendou: Se limpar a garagem, receberá outro tanto. O avô que escutava de longe também se meteu: Eu arranjo tal quantia se você lavar o carro. Assim em poucos dias o Toninho estava com quantia necessária em suas mãos, que para ele era um monte de dinheiro. Mas, o barquinho valia isso... Até mais! Aquela manhã foi o mais especial de todas. Na saída da escola, ele entrou na loja, pagou o valor solicitado e saiu todo feliz. Na rua falou bem alto para todos ouvirem: Agora você me pertence duas vezes. Eu te criei. Eu te comprei. Algo semelhante acontece no céu quando um pecador se arrepende (Lucas 15.10). Aquela pessoa - criada por Deus – agora é comprada pelo sangue de Jesus. Os anjos se alegram. O sorriso de Deus vai ao infinito.