Certo jovem recebeu a seguinte proposta do rei: Toda extensão de terra que você conseguir fazer um sulco com seu arado num só dia voltando ao ponto de partida será sua! O jovem gostou do desafio e escolheu no mapa uma pequena área, de tamanho suficiente para manter a sua família. De madrugada preparou seus cavalos e começou a lida. Mas, em meia manhã, ele ficou preocupado... A área parecia muito pequena. Deveria talvez amplia-la. Passo a passo, foi seguindo seus sonhos. Ao meio dia, pensou: Meus filhos vão ter escola melhor do que a minha. No início da tarde, determinou: Minha esposa terá uma vida mais confortável. Cada novo sonho era um desafio... Precisava de mais terra! Esqueceu-se de comer, deixou de beber água, pois não tinha tempo. Com violência, incitou os cavalos, cavando novos sulcos. De repente, notou que o sol estava descendo no horizonte. Ele deveria voltar ao ponto de partida ou perderia tudo! Em pânico, avançou. Quando o sol chegou ao horizonte, o marco da chegada estava logo ali à sua frente. Conseguia enxerga-lo. Entretanto, seu coração disparava a cada passo, seu estômago começava a doer, seus músculos estavam endurecendo. A ambição foi além das forças. Perto do fim, sucumbiu, sendo enterrado em um único pedaço de chão. Quantos perdem a saúde, a família, os amigos, até a fé em busca das riquezas do mundo? É impossível esquecer o que Jesus ensinou (Marcos 8.36): De que adianta o sujeito ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?