Paróquia Martinho Lutero

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Jesus, o Pão da Vida!

03/12/2020

 

Em idade avançada, após longo tempo acamado, o médico faleceu. Os três filhos – que moravam distantes – reuniram-se para decidir o que fazer com a morada e os utensílios. Havia entre eles uma pequena disputa por algumas relíquias. Todavia, nada de muito valor, pois o pai havia levando uma vida muito simples. No escritório havia um antigo cofre que sequer estava trancado. Mas, ninguém sabia exatamente o que havia nele. Naquele dia, retiraram dele uma velha caixa de charutos com uma série de objetos “sentimentais”. Junto aos filhos, estava a cuidadora que, nos últimos 20 anos – acompanhava o dia a dia do falecido. À medida que pegavam os objetos olhavam entre si e recordavam. Um colar de pérolas. Eu quero! Disse a irmã. Foi o presente do pai à falecida mãe nas Bodas de Prata. Uma medalha banhada em ouro. Outro irmão já falou: É minha! Ela representa um ato heroico no tempo de Exército. Uma estatueta na forma de elefante. Vou levar! Afirmou o mais moço. É da viagem de férias deles à Índia. Todavia, ainda restava na caixa um pedaço de pão endurecido pelo tempo. Olharam entre si. Todos desconheciam sua origem e também ninguém o queria. Mas, a curiosidade apertou. Então, olharam à cuidadora e perguntaram: Você sabe donde vem o pão? Sim! Ele me contou a história. Após a Grande Guerra, a pobreza atingiu todas as famílias. Seu pai atendeu um idoso que não tinha como pagar. Em gratidão, ofereceu-lhe a metade de um pão. Arthur tinha o básico para sobreviver. Então, embrulhou o pão e mandou-o à vizinha que tinha perdido o esposo e cuidava de três crianças. Ela residia no porão de sua residência. A vizinha logo se lembrou da mãe que morava noutro lado da cidade e estava fraca. Pediu ao filho que levasse o pão para animá-la. Aquela mãezinha abraçou o menino. Todavia, naquela tarde, colocou o pão no altar da igreja, orando: Tu és, Senhor, o pão que me fortalece! No momento da Ceia do Senhor, o médico – presente à celebração – notou que o pastor desembrulhou o pão e o partiu. De imediato, reconheceu o pano que ele mesmo usara para cobrir o pão. Então, cheio de alegria ajoelhou-se e orou: Amado Deus! Enquanto houver entre nós o amor que reparte o pão, não haverá fome, nem fraqueza. Pelo contrário, seremos fortalecidos por ti. Amém! Continuou a cuidadora: Por isso, o pão está aqui. Ao seu pai sempre foi sinal de que a partilha não divide, antes une as pessoas. Assim, os três se abraçaram agradecendo ao pai por mais uma lição aprendida. Leia João 6.25-59.


 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 6 / Versículo Inicial: 25 / Versículo Final: 59
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 60298

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