Algumas pessoas se iludem com ideia de que “a minha igreja está certa! Só lá você encontra a verdade. Ninguém louva ou vive a comunhão como a gente”. Ao serem questionados, até podem disfarçar, dizendo que os outros também conhecem o Caminho. Mas, no coração, se acham exclusivos. É uma arrogância que atinge também os luteranos. Nesse, sentido, dias atrás escutei um testemunho que me trouxe uma lição. Ocorreu um acidente doméstico, onde um sujeito quase decepou o dedo. De imediato, ele foi levado pelo filho ao Pronto Socorro. Todavia, havia a necessidade de encaminhamento ao hospital. Abriram-se, então, duas possibilidades: Ou o filho levava o pai em carro próprio, ou seria usada a ambulância. Optaram pela segunda alternativa. Após o episódio, o filho disse ao pai. Se eu viesse por conta própria, estaria nervoso, não conheceria os atalhos para chegar ao hospital mais rápido e, com certeza, ainda teria dificuldade em ser atendido com mais rapidez. Assim, com o motorista e ambulância, tudo ficou mais fácil. Às vezes, reflito na importância da igreja na vida das pessoas. Ela nunca salvou, nem salvará ninguém. Todavia, ela encaminha as pessoas para Jesus, o Salvador. As necessidades e diferenças particulares, bem como os costumes das igrejas, variam muito. À sua maneira, todas tentam cumprir o chamado missionário, conduzindo os feridos ao médico dos médicos. Todavia, a solução está somente em Jesus. O motorista - com sua ambulância - agiu com destreza dentro de sua vocação. Cada igreja deve zelar pelo seu chamado. Mas, o médico foi quem restaurou a mão do ferido. Por isso, faça o que está ao teu alcance com amor, não por rivalidade. O único caminho ao Pai é Jesus (João 14.6), aquele se entregou na cruz. Somos apenas intermediários.