Certo homem era riquíssimo. Ele pensava que podia adquirir tudo o que quisesse. Durante uma excursão pelo oriente, encontrou um monge que vivia humildemente, o qual era reconhecido por sua piedade e sabedoria. O viajante admirou-se e disse: Grande é a sua abnegação! Para sua surpresa, o monge respondeu: A sua é ainda maior! O que você quer dizer com isto? Perguntou o rico. Ouviu, então, algo que ninguém tinha lhe dito até aquele momento: De maneira nenhuma! Disse o sábio. Eu só renunciei ao mundo temporal. Mas, você renunciou ao que é eterno. Do diálogo entre o rico e o monge, podemos refletir muito. De fato, não é a pobreza que nos abre as portas do céu. Tão pouco é a riqueza que fecha o céu. Nem todo pobre está salvo. Nem todo rico está perdido. Também, é errado concluir que os infortúnios na terra são uma espécie de compensação pela felicidade que há de vir. Ou, vice-versa. Entretanto, tais ideias correm soltas ao nosso redor. O que Jesus reprova é a paixão pelos bens terrenos e a importância exagerada que se dá ao que é passageiro. Para muitos, este afã pelo material se torna um impedimento à realidade espiritual. O jovem rico quando encontrou Jesus buscava sentido à existência. Mas, renegar o material para seguir o Mestre foi um desafio demasiadamente difícil. Ele desistiu. Por quê? Jesus tinha menos valor do que suas riquezas. Ninguém pode se iludir diante da verdade bíblica: Qualquer que quiser salvar a sua vida (por seus próprios meios materiais) perdê-la-á. Todavia, qualquer pessoa que perder a sua vida (ou entregar o que tem) por amor de mim e do Evangelho, será salvo. Que aproveito há em ganhar o mundo inteiro e perder a sua salvação? (Marcos 8.35-36).