Ouviram do Ipiranga às margens plácidas (tranquilas),
De um povo heroico, o brado retumbante (grito forte que ecoa).
E, o Sol da Liberdade, em raios fúlgidos (brilhantes),
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
A estrofe do Hino Nacional aponta ao dia 7 de setembro de 1822. Ao voltar de Santos parado às margens do Ribeirão Ipiranga, o príncipe Dom Pedro recebeu uma carta com ordens de seu pai (Dom João VI) para que voltasse a Portugal, submetendo-se ao governo português. Todavia, vieram juntas outras duas cartas, uma de José Bonifácio, que aconselhava Dom Pedro a romper com sua terra natal. A outra carta era de Maria Leopoldina - sua esposa - apoiando a decisão do ministro e advertindo: O pomo (fruto) está maduro, colhe-o já, senão apodrece. Impelido pelas circunstâncias, Dom Pedro pronunciou a famosa frase: Independência ou Morte, rompendo os laços com Portugal. Com esse ato, o príncipe se converteu no primeiro imperador brasileiro denominando-se assim Dom Pedro I. Desde 1818, Pedro estava casado com a Arquiduquesa Leopoldina, filha do imperador Francisco da Áustria. De origem germânica, dela foi a ideia de buscar em 1819 os primeiros imigrantes alemães e suíços ao sul da Bahia, os quais não tiveram êxito na colonização. Depois, pediu que trouxessem soldados para cuidar do palácio, como guarda pessoal, entre os quais muitos luteranos. Também incentivou, planejou e conduziu a vinda dos colonizadores ao sul do Brasil, a partir de 1824. Ou seja, quando lembramos os 195 anos (1824-2019) da IMIGRAÇÃO ALEMÃ ou observamos a chegada dos luteranos ao Brasil, sequer imaginamos o vínculo com a data da INDEPENDÊNCIA. Viva Leopoldina! Viva a Independência!