A “Nova Roupa do Rei” é um conto de fadas de autoria do dinamarquês Hans Cristian Andersen, publicado em 1837. Fazendo-se passar por um alfaiate de terras distantes, o sujeito apresentou-se ao rei com a promessa de poderia fazer uma roupa muito bonita e cara. Contudo, somente as pessoas mais inteligentes poderiam vê-la. O vaidoso rei gostou da proposta e pediu um novo traje para se exibir na festa. O espertalhão recebeu alguns baús cheios de sedas e muitos rolos de fios de ouro para a confecção da roupa. Um tesouro que guardou para si. Depois, passou semanas em seu gabinete, fingindo tecer fios e costurar sedas invisíveis. Para não parecerem estúpidos, aqueles que espiavam pela janela alegavam ver as peças uma a uma. Até que certo dia, o rei se cansou de esperar, visitando o alfaiate, que assustado lhe mostrou a mesa vazia. Para não se passar por tonto, o rei exclamou: Que lindas vestes! Você é um gênio! Mas, na verdade, o rei não viu nada além da mesa. Obviamente, jamais admitiria aos súditos que não tinha a capacidade necessária para ser um sábio. Ao seu redor, os nobres soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do espertalhão, nenhum deles querendo revelar incompetência. Então, o rei resolveu exibir as novas vestes na festa anual. O rei desfilou pelas ruas. Todos perceberam que ele estava nu. Todavia, ninguém ousou falar. Porém, ao longe, uma garotinha gritou: O rei está pelado! Assim, com toda sua pureza, uma criança revelou ao monarca que havia exposto sua nudez. Da mesma forma, revelou que não passava de um trouxa. Tal conto revela uma antiga verdade: “Deus se opõe aos orgulhosos. Contudo, aos humildes concede a sua graça” (Tiago 4.16).

De “Simplicidade” com Wilson Paim.