Havia uma certa rotina no sítio. O irmão mais velho rachava lenha usando um pesado machado. A irmã do meio é quem iniciava o fogo. Ao caçula cabia recolher gravetos e palha para o fogo. Certo dia, no almoço, o pequeno enticou: Eu quero fazer o fogo. Não pode! Respondeu a mãe. Então, eu quero rachar lenha. Ainda não! Disse o pai. O garoto ficou bravo com as negativas. Naquele dia não cumpriu a sua tarefa, nem no dia seguinte. Passou os dois dias trepado na laranjeira. No terceiro dia, a mana abriu a caixa de lenha. O canto reservado aos gravetos estava vazio. Ela xingou o caçula. Na hora do almoço, o pai chamou o menino e disse: Você já reparou nas minhas tarefas. Sim! Respondeu o caçula. Assim, também tua mãe e teus irmãos têm certos afazeres. Algumas coisas fazemos juntos. Mas, aqui em casa cada um tem suas tarefas. Se alguém não faz, todos sofrem. Olha o relógio. O almoço atrasou. A tua mana não tinha o fogo pronto. Ela precisou catar gravetos. Quando você for um pouco maior, poderá fazer o fogo. Mais adiante, você irá preparar a lenha também. Mas, agora você precisa procurar os gravetos. Pode ser assim? Ele concordou. Séculos atrás disse o Sábio: “Tudo tem o seu tempo” (Eclesiastes 3.1).