Já é antiga a polêmica na igreja. A instituição determina aos seus obreiros que usem vestes litúrgicas, indicando modelos aos diferentes ministérios. Todavia, sempre houve e haverá “rebeldes” que não se submetem, fazendo questão de transgredir, dispensando o que chamam de “uniforme”. Os ministros que não se submetem às indicações oficiais da IECLB, via de regra, usam traje social. Adotam um estilo pentecostal esquecendo suas próprias raízes históricas. Existe ainda uma turma de “gosto estranho”, que faz questão de usar as vestes... Mas, parece que também faz questão de “destoar”, colocando roupa ou calçado que não combina com as vestes. Acho que, nesses casos, a IECLB deveria contratar urgentemente um “personal stylist”. Há ainda aqueles colegas que misturam talar com estola. O que se passa na cabeça dessa gente? A IECLB acerta ao dar parâmetros e determinar a necessidade do uso de vestes litúrgicas. Deveria ser menos rígida e mais compreensiva quanto aos momentos apropriados de uso. Não apenas ser lei pela lei, mas ser adequada ao momento. Entendo que há situações formais, outras nem tanto... Fora do templo, em praça pública, celebrações em CMs, visitas hospitalares, julgo “informais”... Em campos missionários, em palestras, também refletiria melhor sobre a necessidade de uso... Então, qual seria a alternativa? Alguns anos atrás, um colega “mais experiente” me deu a seguinte sugestão: Quando precisar fazer visitas no hospital coloque camisa clerical. As portas se abrem. Adotei o hábito. Confesso que também refleti sobre o uso da camisa noutras situações, expandindo-o. Em momentos públicos ou ecumênicos, em despedidas no cemitério... Optei pela camisa clerical, a qual é mais confortável, tem caráter ecumênico, não destoa e, principalmente, determina minha função religiosa. Nosso maior desafio como igreja, não é promover ou brigar por vestimentas, antes pregar a Palavra, pois o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê (Romanos 1.16). Todavia, deixo claro que o meu padrão é talar, o qual uso sem queixa, com simpatia. Que continue assim na IECLB por muitos anos, não por lei, mas como incentivo.