Raquel voltou extremamente alegre do Culto Infantil. Entrou no quarto dos pais, pegou a bolsa da mãe, donde retirou uma nota de R$ 10,00. A mãe que observava tudo, perguntou: O que você vai fazer com esse dinheiro? Aprendi hoje, disse a menina, que precisamos ajudar aqueles que passam necessidade. Vou dar esse dinheiro ao primeiro mendigo que encontrar. Pode parar aí... Exclamou a mãe. Ajudar os pobres é necessário. O que você aprendeu é certo. Mas, o dinheiro não é seu. Eu vou precisar dele amanhã para pegar o ônibus e ir ao trabalho. Raquel ficou frustrada. Ao passar pela sala, viu o pai assistindo TV. Ao seu lado havia um livro. Ela lembrou a professora ensinando que grande riqueza é a cultura. Agarrou o livro e foi escapando pela porta. Psiu! Disse o pai. Aonde você vai levar o meu livro? Vou doá-lo aos meninos de rua, pois assim darei cultura para eles. Como? Você vai dar o “meu” livro para que outro tenha cultura. Nada disso. Parada aí mesmo. Raquel, agora sim, ficou emburrada de vez. Pensou: Ninguém quer colaborar comigo. Vá brincar! Mandou a mãe. Raquel olhou pr’outro lado da rua e viu sua vizinha Cíntia sentada na varanda com o caderno na mão. Parecia muito triste. Raquel foi ao seu encontro e perguntou: O que há? Tenho o dever de casa de matemática, mas não sei fazer as contas... Disse a coleguinha. Raquel olhou e lascou: Matemática é meu forte. Eu te ensino. Assim, ajudou sua amiguinha. Voltou para casa extremamente alegre. Os pais estranharam... Ora aborrecida... Agora exultante... O que aconteceu? Eu dei algo que é meu para minha amiga Cíntia.