Eu, não! Rafinha era assíduo no Culto Infantil. Gostava de ouvir e atento sempre procurava responder às questões e tirar dúvidas. Certo sábado, a professora contou a história do primeiro pecado, onde Deus proibiu determinado fruto. Mas, Adão e Eva desobedeceram. O menino ouviu e disse: Que burrice! Perderam o jardim por causa de um fruto, tendo tantos outros para se deliciarem. Concordou a professora: De fato, eles preferiram seguir seus próprios prazeres. Mas, eu sou diferente! Disse Rafinha. Eu não comeria o fruto. Ao fim da lição, todos foram convidados para um lanche. Mas, a professora disse: Vou colocar aqui um pote com balas de goma. Agora vocês podem comer o lanche. As balas ficam somente para o fim do encontro. As crianças se esbaldaram comendo de tudo um pouco. As gomas ficaram isentas dos ataques. Todavia, o desejo por elas era grande. As crianças corriam em volta da mesa com os olhinhos voltado às balas. No que a professora foi atender uma mãe, a mesa ficou desprotegida. As crianças pensaram: Um pote tão grande com tantas balinhas. Se faltarem algumas, ela sequer notará. De fato, não notou de imediato. Mas, depois do intervalo, no momento da oração final e despedida, a professora disse: Meninos e meninas! Olhem com atenção às bocas uns dos outros. Todos eles notaram que a língua estava bem azulada. Vocês comeram as balinhas proibidas? Com a boca e os dedos azuis, Rafinha disse: Eu, sim!