Todo início do ano era a mesma coisa. Alfredo recebia o carnê de contribuição da Comunidade e começava a reclamar: Pra que precisam de tanto dinheiro? Todo ano aumenta... Cada vez mais... Maria já conhecia o esposo. Reclamava sempre, de tudo... Mas, jamais deixava de cumprir com suas obrigações. Todavia, ela estava bem preocupada com seus dois filhos adolescentes. Eles estavam pegando o mau hábito do pai. Viviam reclamando. A limonada ou estava sem açúcar ou tinha açúcar demais. Se o almoço saia mais cedo, queriam ficar jogando. Reclamavam. Se passava do meio dia, o grito era de fome. Certo domingo, após o Culto, apareceu um cofrinho em forma de porco sobre a mesa da cozinha. Ué... Disse o marido: Pra que isso? Depois do almoço explico. Os meninos estavam cheios de curiosidade. O almoço foi especial e a sobremesa... Uhmmm, pudim! De repente, o mais moço perguntou: E o porquinho aí? Deus é bom! Disse a mãe: Ele nos dá saúde. Temos uma linda família, muitos amigos. Vocês estão numa boa escola. Mamãe e papai têm trabalho. Mas, notaram que vivemos reclamando? Vou fazer um desafio, que serve pra todos, inclusive para mim. A curiosidade aumentou ainda mais. O que ela está tramando, pensou Alfredo. Desembucha... Diz logo: Qual é o desafio? Com muita calma, ela soltou a “pérola”. Cada vez que alguém resmungar, reclamar, se queixar deverá colocar uma moeda no cofrinho. Como ninguém gosta de “perder” dinheiro, vamos caprichar mais com a nossa língua. Alfredo, que também já tinha notado o mau hábito nos filhos, olhou aos meninos e disse de cara: Eu topo. Os meninos foram no embalo. No fim do mês – disse a mãe – vamos ver quando “custou” nossa boca suja. No dia 31 de janeiro, abriram o cofrinho. Juntaram com as moedas R$ 93,50. Todos ficaram espantados e resolveram melhorar, cuidar mais do que e como falar. Alfredo puxou a esposa pr’o canto e lhe disse: Você é uma excelente mãe! Você teve uma grande ideia. Mas, o que vamos fazer com o dinheiro. Ela, de imediato, disse: Contribuir com a igreja, para você reclamar menos. Leia Filipenses 2.14.
