Uma amiga desabafou: Pastor! Não sei mais o que fazer. É tanta opinião. Um “diz-que-diz-que” que só gera confusão. Então, se me permitem, vou expressar minha simples opinião a partir daquilo que leio e enxergo no meu dia a dia. Um líder de nossa comunidade, acima dos 60 anos, me disse: Eu e a patroa ficamos em casa. Os filhos que estão longe mantém contato diário conosco via WhatsApp. Se preciso resolver alguma coisa na igreja ou na rua, vou respeitando as regras. Se a minha lavoura permite uma carga de banana, eu preparo e envio. Preciso de renda e o povo precisa comer. Mas, sempre nos cuidados. Outro amigo distante me disse: Se vou parar meu caminhão, quem sustentará a minha casa? Insisti: Não deve e não precisa parar. Mas, a esposa e filha pequena podem resguardar-se em casa. Elas não precisam sair. Você - como profissional, marido e pai - deve protege-las, cuidando-se também. Infelizmente, devido à política, há uma radicalização. Alguns gostam de defender suas ideias com unhas e dentes. É tudo ou nada? A prática mostra que não é bem assim. Se você puder, fique em casa. Se você for do grupo de risco, fique em casa. Nada de ficar saracoteando por aí. Mesmo assim, se precisar defender o seu pão, faça caprichosamente. Higiene, distanciamento e máscara são atitudes sensatas que exigem boa vontade e, quem sabe, um pouco de sacrifício. Você não faz isso só por ti, também pelos outros. Reflita comigo: Eu não quero sofrer. Temo ainda mais pela Cacá, meu pai, minha sogra, meu irmão, meu cunhado, minha paróquia, meus amigos. Eu vou me cuidar! Então, não radicalize. Mas, também, não se esconda atrás das opiniões políticas. Simplesmente, faça a sua parte. Com muita sensatez, outra amiga me disse: Eu cuido da minha família. É assim. Se todos agissem dessa maneira, o problema estaria em boa parte resolvido. O apóstolo Paulo aconselha ao jovem Timóteo, animando-o com as palavras: “Através do Espírito, Deus te dá poder, amor e moderação” (2ª Timóteo 1.7).