Na adolescência, Brigite começou a afrontar os adultos, sem jamais querer perder a razão. Todavia, encontrou um adversário. Ou melhor, ela descobriu alguém capaz de amolecer o seu coração, abrindo os olhos ao AMOR, que é algo infinitamente superior ao ser “dono da razão”. Todos na família elogiavam o vô Francisco, por sua calma e sabedoria. Então, Brigite decidiu tirar a prova e, se possível, desbancar o idoso. No jardim, ela catou uma borboleta entre suas pequenas mãos. Colocando-se diante do avô, questionou: Eu tenho aqui uma borboleta. Ela está viva ou morta? Caso o avô respondesse “viva”, ela esmagaria o inseto. Caso respondesse “morta”, apenas abriria as mãos para que a borboleta voasse. Ela queria, de todo jeito, ganhar a disputa. Mas, para sua surpresa, Francisco não deu nem uma, nem outra resposta. Ele apenas disse: “A resposta está nas suas mãos e no seu coração. A vida da borboleta depende de sua decisão”. No mesmo instante, Brigite abriu suas mãozinhas, libertando a borboleta. Consciente da lição, ela entendeu que a sabedoria do avô era maior. Então, abriu também o coração, decidindo fazer o bem doravante. Eis aí uma visita com uma bela lição à vida!
De Rodolfo Gaede Neto, “Vem Espírito de Deus”.