Certa manhã, como outra qualquer, Moisés levantou-se, preparou sua mochila e disse à esposa Zípora: Voltarei mais tarde, pois hoje levarei o rebanho aos pastos mais distantes. Havia uma rotina constante na vida daquele homem, que carregava um peso na consciência. Décadas atrás, Moisés descobriu que corria sangue hebreu nas suas veias, mesmo tendo sido criado no palácio egípcio. Nas escolhas da vida, optou pelo povo escravo, abandonando o palácio. A ruptura ocorreu de forma trágica, pois assassinou um egípcio. Agora vivia no deserto, servindo ao sogro Jetro. Mas, algo o incomodava. No íntimo, sabia que seu destino não estava lacrado no deserto. Algo especial haveria de acontecer. Naquela manhã, ele reparou ao longe um espinheiro que ardia em fogo, mas não se consumia. Queimava sem apagar. Cheio de curiosidade, Moisés se aproximou, ouvindo a voz de Deus, que disse: A terra e o momento que você vive são santos e solenes. Então, a vida dele ganhou um novo rumo. Deus o chamou para deixar as ovelhas e conduzir o seu povo, que clamava por libertação. Moisés! Você é o libertador escolhido. Em meio aos espinhos recebeu o chamado para uma espinhosa missão. Precisaria conquistar a confiança do povo, convencer o Faraó e conduzir uma multidão pelo deserto até a Terra Prometida. Do jardim ao deserto, do deserto à Canaã. Como festa da libertação, um cordeiro foi sacrificado. O sangue aspergido nas portas e janelas. O anjo da morte não teve acesso ao povo escolhido. Moisés cumpriu sua missão e apontou ao verdadeiro Libertador, Jesus Cristo!
