Paróquia Martinho Lutero

Sínodo Norte Catarinense



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16/05/2018

Com 16 anos, num retiro de jovens em meu coração nasceu um “sentimento” diferente, ao qual interpretei como sendo um chamado de Deus. O falecido Pastor Reynoldo trazia a palavra, quando Deus me disse claramente: Algum dia você também vai estar ali na frente, ministrando a Palavra! Todavia, eu era um adolescente muito tímido. Alguns riram quando reparti meu sentimento. No nosso grupo de jovens, outros já haviam recebido tal vocação. Todos tinham jeito para o ministério. O Euclécio?!?! Ao concluírem o 2º Grau, meus colegas de juventude foram tomando cada um o seu rumo. Alguns, com a entrada na Universidade, abandonaram o grupo. Outros abandonaram a fé. Eu mantive firme o meu chamado. Na época não havia vestibular para Teologia, apenas Exame Seletivo com teste vocacional. O resultado surpreendeu... Estava apto ao estudo teológico. Ao fim do primeiro ano, reprovei em Filosofia. Também recebi uma carta da instituição dizendo que minhas notas não condiziam com os resultados da minha seleção. Ou seja, faltava dedicação aos estudos. Dado o alerta, busquei melhores resultados. Mas, uma dúvida passou a me assombrar: Teria capacidade ao pastorado? Repartindo as dúvidas com certo professor, ele me disse: É assim mesmo... O estudo provoca dúvidas. Somente quem consegue firmar, vai adiante. Era uma boa explicação para o buraco em que estava. Todavia não me tirava do mesmo. Novamente, reparti as minhas dúvidas... Porém, agora com o pastor, que apenas citou: “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11.29). Ele pediu que ficasse olhando somente às minhas limitações. Tudo mudou quanto mudei o foco para ao SERVIR, simplesmente amar o próximo, servindo a Deus. Entrementes, entendi também que, de fato, a “crise vocacional” tinha como origem uma situação específica. Na nossa turma existiam alguns “feras”. Eram jovens com um chamado “aparentemente” mais forte do que o meu. Mesmo antes de chegar à Faculdade de Teologia, eles já eram líderes e pregadores. Nos fins de semana, eles viviam direto nas comunidades ministrando. Eu continuava quieto... Uma incógnita! Dos colegas “expoentes”, poucos se formaram, raros seguiram no pastorado, um mínimo está ativo na IECLB. Entre os “remanescentes”, restou o tímido Euclécio, que não tinha muito jeito à coisa, mas que foi e continua sendo trabalhado por Deus. Hoje, paro, observo e agradeço pela maneira gradual e amorosa como Deus mexeu na minha história, colocando-me nos lugares certos, na hora certa, ao lado de pessoas que foram me quebrando e moldando. Ainda falta um bom trajeto pela frente... Só peço a Deus duas coisas: Que continue sua obra... Que dê paciência à Cacá, minha companheira de caminhada!


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Testamento: Novo / Livro: Romanos / Capitulo: 11 / Versículo Inicial: 29
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 47252

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João 14.6
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