Ano após ano Arnaldo participava do Concurso Regional de Agricultura. Ele sempre ganhava o primeiro prêmio com a maior espiga de milho. Certa repórter percebeu que, após a premiação, ele debulhou a espiga, espalhando as sementes entre seus vizinhos e concorrentes. Cheia de curiosidade, ela questionou: Seu Arnaldo! Você compartilha o seu melhor milho com seus vizinhos sabendo que eles logo mais competirão de novo contigo? Além de surpresa, a resposta trouxe esclarecimento: Eu faço a minha parte. Cuido bem da terra, planto com capricho, mantenho a roça limpa, não exagero no defensivo... Além do que, todos os dias pela manhã, oro pedindo a bênção de Deus. E, ao fim do dia, agradeço pela força e inteligência no trabalho. Sei também que o vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo. Se os meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade de meu próprio milho. Se quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar o melhor milho. Arnaldo estava atento às relações da vida. O milho dele não poderia melhorar a menos que o milho do vizinho também melhorasse. Assim é a vida. Aqueles que escolhem viver em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz. Aqueles que querem gozar a vida precisam ajudar os outros para que vivam bem. Aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a achar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos. Assim também a minha fé – tal qual o pólen - precisa ser compartilhada a fim de que os outros, reconhecendo Jesus, experimentem a real felicidade. “Procurem a paz da cidade onde vocês se encontram” (Jeremias 29.7).