Aqui em Garuva há uma localidade chamada Mina Velha, onde no século passado, houve exploração de ouro. Um garimpo se dá, via de regra, em local isolado. Com o tempo, tornando-se inviável, é abandonado. Os garimpeiros são sempre aventureiros. Poucos acham a sorte grande e enriquecem. Na verdade, a busca por preciosidades faz parte da natureza humana. Em alguns é mais evidente, noutros nem tanto. O certo é que ninguém deveria renegar ou perder tal desejo. Lembro-me que, anos atrás, costuma visitar “sebos” em busca de literatura, que também é uma riqueza. Era uma busca divertida. Muitos livros de minha pequena biblioteca adquiri em tais garimpagens. A maior pepita que encontrei foi o dicionário Houaiss, o qual ainda hoje está ao alcance de minha mão. Quanta alegria senti quando o encontrei no alto de uma prateleira no centro de Porto Alegre. Hoje quando pesquiso nele, ainda me vem a lembrança do achado. Penso que, da mesma forma, pode se dar a nossa busca por preciosidades na Palavra. Deus nos dá o prazer de encontrar pepitas, motivando assim a caminhada espiritual. Na voz do profeta: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29.13).
Em 1979, Ozéias de Paula lançou “Jesus, o meu tesouro”...