O Culto de Finados veio junto com a imigração alemã. Refere-se ao momento litúrgico para lembrança daqueles que morreram no ano precedente. Assim como no velório, o culto traz um pesar muito grande. Por outro lado, é um momento de reencontro da comunidade, dos familiares e amigos, onde são lembradas as pessoas que partiram e fortalecidos laços de amizade. No Dia de Finados não festejamos a morte, o que seria uma contradição. Antes, proclamamos a ressurreição e a esperança do encontro final na morada que Jesus nos preparou. Também, não oramos pelos mortos. Antes, agradecemos a Deus pela vida daqueles que nos antecederam. Afinal, não surgimos do nada. Somos sementes do amor de Deus, transmitido pelos antepassados, geração após geração. Ou seja, a luz que nos iluminou através dos antepassados não se apagou com suas mortes. Recordamos seus exemplos e imitamos a sua fé (Hebreus 13.7). Igualmente, enfatizamos que a nossa morte não é um fim. É apenas a passagem para a casa do Pai. Nada pode nos separar do amor de Cristo, pois tanto os mortos quanto os vivos participam da “comunhão dos santos”. Quem morre sai desse mundo e entra na eternidade. Enquanto aqui estamos, vamos construindo, em fé e amor, o mundo à próxima geração.
De 1997, “Felicidade” com Mara Lima.