No Oriente, um carregador de água levava dois potes, ambos pendurados em cada ponta da vara. Um pote era perfeito. O outro tinha uma rachadura. O primeiro sempre chegava ao fim da jornada na vila cheio de água. Porém, ao pote rachado restava apenas a metade. Era assim, viagem após viagem. Diariamente, o carregador entregava um pote e meio de água na casa dos fregueses. O pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado ficava envergonhado. Sentia-se miserável por realizar apenas a metade daquilo que lhe havia sido designado. Certo dia, tomou coragem e pediu “perdão” ao seu dono. À beira do poço, ele disse: Estou envergonhado das minhas limitações. Como? Questionou o carregador. Por que você está triste? Nos últimos tempos, eu fui capaz de cumprir a minha tarefa pela metade. Esta rachadura ao meu lado faz com que a água vaze pelo caminho. Por causa do meu defeito, você não ganha pagamento completo pelo seu esforço. O carregador ouviu com atenção a queixa do velho pote. Então, cheio de compaixão, argumentou: Na próxima viagem, quero que você olhe com bastante atenção à beira do caminho. Naquela tarde, à medida que eles subiam pelo trilho, o velho pote rachado notou muitas flores silvestres. Isto lhe deu certo ânimo. Mas, ao fim da jornada, novamente tinha perdido a metade da água. Pediu, então, desculpas por sua falha. O carregador de novo argumentou: Amigo! Eu reconheço o teu defeito. Porventura, você notou que as flores estavam somente no seu lado da trilha? Digo com alegria: As belas flores que você rega diariamente me animam a continuar servindo como carregador. Aliás, já escutei outros elogios vindo de muitas pessoas, as quais afirmam que a nossa trilha é a mais bela da região. Na vida é assim... Cada um tem suas virtudes e também seus defeitos. Podemos viver lamentando ou reconhecer, usando-os a nosso favor. De suas fraquezas, você pode tirar forças e impulso para seu próprio desenvolvimento. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação (Filipenses 4.13).