Muitos cristãos erroneamente condenam qualquer contato com as expressões artísticas do mundo, como se eles mesmos estivessem “fora” do mundo. Creem que só é possível ao crente escutar determinado tipo de música, a qual padronizaram como “gospel”. Aceitam a dança, somente em louvor. Mesmo assim, com questionamentos. Tanto os filmes, quanto o cinema, teatro e os expressões culturais são colocadas mais para o lado do mal. Todavia é interessante observar o lado “artístico” de Deus. Ele poderia ter criado o mundo de inúmeras maneiras. Mas, Ele usa tão somente o dom da palavra. Em sua essência, a criação é pura poesia. Ele fala e tudo vai acontecendo. “Fiat lux”. Tal dom se vê com clareza também no Salvador, que desvenda o coração humano com suas parábolas. Se Jesus fosse nordestino, seria mestre “contador de causos”. Enfim, a partir das palavras, o mundo se faz e a salvação acontece. Agora, há um diferencial muito curioso em Gênesis com respeito ao ser humano em relação ao resto da criação. Adão e Eva não surgiram da palavra. Antes, vieram do sopro de Deus. Ainda mais curioso é o que ocorreu antes do fôlego da vida, quando Deus se faz Artista modelando a argila. Ou, pegando uma parte do homem, para montar o quebra-cabeça que é a mulher. Arte na essência. Tal talento criador, Ele nos concede gratuitamente. Por natureza, somos criativos. Mas, sempre de novo volta à velha questão: Usamos nossa criatividade para o bem ou para o mal. Qual você escolhe?