Aqui em casa somos só eu e a patroa. Mas, na jornada familiar, aos poucos, vieram os cachorros. De Brasília, acompanhou-nos na mudança o Rambo que hoje completa 14 anos. Aqui em Garuva, outros apareceram no portão de casa ou pátio da igreja. Até ensaiamos assumir alguns. Contudo, sumiram tão rápido quanto apareceram. Uma cadela foi atropelada. Outra “Menina” adotamos, mas tinha uns ataques e assim faleceu. Enfim, hoje restam outras duas pequenas criaturas: Trapo e Migúxo, frequentador assíduo dos cultos. O Rambo servia no Projeto Cão-guia em Brasília. Ele era usado no treinamento dos labradores que conduziam pessoas cegas. Seu antigo dono “Dias”, ao doá-lo à nossa família, apenas aconselhou: Não humanizem o cão. Apenas deixem-no ser o que é. Entendemos o recado. Mas, é difícil. Quem tem um animal de estimação sabe que a pessoa se acostuma com o jeito do bicho, valendo também o contrário. Há um entendimento natural até pelo olhar ou no jeito de latir. O vínculo se fortalece dia a dia, por isso o ditado óbvio de que “o cão é o melhor amigo do homem” (ou da mulher). Não restam dúvidas de que aqui também se revela o cuidado de Deus com o ser humano. Quando na criação é dito que foram criados animais selvagens e domésticos (Gênesis 1.24), Deus já previa tal interação entre a pessoa e o bicho. Agradecemos ao cuidado do Criador. “Quão grandes são as tuas obras” (Salmo 92.5).