Durante anos, vez por outra, nos encontramos e trocamos poucas palavras. De repente, estávamos juntos, quase vizinhos. Eu, iniciando meu ministério na cidade. Ele, aposentado, tratando a sua saúde. Os diálogos de vizinhança foram importantes. Ele conhecia bem o povo e a realidade que me cercava. Eu carecia de orientações. Ouvi e aprendi. Quanto ao Edison e sua saúde, em dois momentos cruciais, o milagre aconteceu e a vida dele se prolongou, revelando que Deus ainda tinha um propósito, unindo família e comunidade na oração. Porém, no terceiro momento, a vida física findou. Ele passou à eternidade, onde não pode mais ser atingido pelos males daqui. Hoje está perfeito junto ao Pai. Na hora da despedida, houve decisivos testemunhos. Estávamos nos despedindo de alguém que deixou claros sinais da graça de Deus. A partida do colega de ministério deu um impulso à reflexão. Urge que cada um pare e entenda a própria jornada. Não importa a quantidade de dias que vai alcançar. Não importa o ofício que exerce na sociedade. Quais marcas deixamos neste mundo? A fé em Jesus nos levará naturalmente a fazer diferença onde Deus nos colocou, sempre com o tempero do amor, que parte dele.
De 2001, “Fala Jesus Querido” com JNeto.