“Desapego” é uma expressão moderna. Também, um exercício constante, o qual com certeza não faz parte da nossa natureza original. Sim! Desejamos sempre ajuntar, mais e mais. Somos apegados às pessoas, bens e recursos. Raramente, queremos dividir. A expressão “é meu” não sai apenas da boca de crianças, também de gente graúda. Todavia, no Evangelho somos colocados diante da notável partilha, pois a manjedoura era emprestada. Também o jumentinho e o cenáculo eram emprestados. Sequer a cruz e o túmulo pertenciam a Jesus. Nenhuma dessas coisas ele fez questão de nos garantir. Ele não tinha compromisso com aquilo que é terreno e material. Por outro lado, o Salvador nos garantiu algo que, além de eterno, é dele por herança. Não esqueça que o céu não é emprestado. É dele, conquistado com seu sangue. Lá reina. Também, para lá, prometeu nos levar.
Em 1973,”O Homem de Nazaré” com Antônio Marcos.