Na Idade Média havia um senhor feudal conhecido por sua bondade, mas também por sua justiça. Nada lhe passava desapercebido. Por gerações, desde os seus antepassados, era costume de que os servos que viviam em suas terras tinham direito à moradia e à manutenção de suas necessidades básicas. Assim, cada qual ocupava um pedaço de terra. Todavia, um dia por semana toda população, do menor ao mais idoso, deveria se dedicar às plantações do senhor. Dominicalmente, após o culto, um mensageiro anunciava ao povo o dia e a tarefa escolhida. Acontece que, naquele domingo, o mensageiro anunciou que o senhor tinha pressa, pois um temporal se aproximava. O trigo estava maduro. Após o culto, todos deveriam pegar suas ferramentas e seguir direto ao campo, trabalhando até que todo trigo fosse colhido. Nem bem o mensageiro acabou de falar e começou a murmuração geral. Hoje é domingo! Não estou preparado! Tenho outros planos! Vou visitar fulano! Mas, a liderança local alertou: Servimos ao nosso senhor, que nos dá as terras. Ele nos protege dos inimigos. Ele é muito bom. Vamos agora negar-lhe atendimento? Assim preparam-se e foram à colheita. O campo era vasto. Era muitos trabalhadores. Contudo, uns com mais, outros com menos vontade de trabalhar. Já estava escuro, quando o senhor apareceu para conferir os feixes. Observando a colheita, ele chamou os líderes de cada família e disse: Todas as manhãs oro a Deus agradecendo pela vida do meu povo e pedindo sabedoria para fazer o melhor. Ele me mostrou o quanto sou abençoado. Por isso, tudo o que vocês colheram podem ficar com vocês mesmos. Mas, na seguinte regra, quem colheu mais leva mais. Quem foi folgado, leva só o que tirou. Muitos se alegraram. Outros tantos se entristeceram, pois foram relaxados.
