Paróquia Martinho Lutero

Sínodo Norte Catarinense



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De que adianta...

17/12/2020

 

O jovem recém-formado em Teologia foi enviado pela igreja para trabalhar numa Paróquia no interior de Santa Catarina. Era uma Paróquia enorme, a qual estava por um bom tempo sem pastor. A principal tarefa era ajuntar as ovelhas e conduzir o rebanho. O jovem estava teologicamente bem preparado e tinha muita disposição. Mas, tinha pouca experiência pastoral. Na sua humildade procurava ouvir e lembrar os conselhos dos mais experientes na Obra do Senhor. Eles lhe diziam: Nunca aja por impulso. Primeiro, ouça e observe. Depois, procure entender e somente, por fim, tome uma atitude. Outros diziam: Não faça distinção entre o pobre e o rico. Visite todos. Mas, principalmente, dê atenção especial às pessoas doentes e idosas. Assim, ele começou uma visitação intensiva. Deseja conhecer o lugar e as pessoas. Depois de meses, sobraram apenas algumas poucas famílias a serem visitas, alguns mais distantes, outras pessoas mais revoltadas com a igreja. Entre os tais havia um rico fazendeiro, que “usava” a igreja quando precisava, mas era um sujeito prepotente e revoltado com Deus. De tanta história que escutou, o jovem pastor sentiu-se intimidado e já estava empurrando a visita semana após semana. Mas, enfim, assumiu o propósito. Criou coragem. Orou alguns dias. Escolheu uma manhã especial e foi em direção à fazenda. O jovem foi muito bem recebido. O fazendeiro lhe ofereceu um gostoso chimarrão. Ouviu muitas histórias, nas quais o dono da casa se vangloriava. Em algumas debochava dos amigos, dos pastores e da igreja. Lá pelas tantas, o fazendeiro convidou o jovem para dar um passeio na sua pick-up. Disse o fazendeiro: Pastorzinho! Quero lhe mostrar minha propriedade. Levou o jovem até o alto de uma coxilha, donde se avistava muito longe. O fazendeiro apontou numa direção, onde havia um trigal, dizendo: Até onde sua vista alcança é meu. Apontou para o outro lado, onde havia o gado pastando: É tudo meu! Doutro lado, ao longe um enorme pinheiral: Tenho madeira em abundância. Tiro quando quiser. No seu íntimo o jovem vinha orando, pedindo a Deus oportunidade para falar do Evangelho. De repente, notou a oportunidade. Enquanto o fazendeiro apontava em todas as direções dizendo: É meu, é meu, é meu... O jovem apontou para o céu e perguntou: E, lá em cima, o que o senhor tem? Tal questão lembra o verso bíblico: “De que adianta alguém ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma” (Mateus 16.26). Naquele momento, aquele homem experiente se deu conta de sua ironia. Então, confessou que tinha medo do futuro e da morte. Os dois se ajoelharam e oraram. Doravante, o fazendeiro tornou-se o melhor parceiro daquele jovem pastor.


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 60497

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É isto que significa reconhecer Deus de forma apropriada: apreendê-lo não pelo seu poder ou por sua sabedoria, mas pela bondade e pelo amor. Então, a fé e a confiança podem subsistir e, então, a pessoa é verdadeiramente renascida em Deus.
Martim Lutero
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