Com certeza, o maior presente que recebi de minha mãe foi a vida. Depois disso, a educação. Hoje percebo a maneira sutil como fui educado. Algumas palavras, exemplos e até presentes... Em 1988 entrei no ministério pastoral. Na mudança levava uma mala de roupas, outra de livros... Mas, também alguns utensílios. Carreguei (e carrego até hoje) um filtro d’água, marca São João. Perguntei: Mãe! Você está me presenteando com um filtro? Recebi uma resposta curta e certa: Muito cuidado com a água que você bebe! Recado dado, recado recebido... Inúmeras vezes preguei sobre JESUS, a Água Viva (João 4.10-15). Ele é único que pode saciar a nossa sede. Ele é único que traz sentindo à vida. Mas, também não podemos esquecer que bebemos constantemente de muitas fontes. Seja música, rádio, TV, internet, filmes, literatura, conversas e comentários... Não há como se isentar. Não há como se isolar do mundo. Jesus orou dizendo: Pai! Não peço que os tires do mundo. Mas, que os livres do mal. Então, de fato precisamos um filtro no nosso viver diário. Penso que, quando Paulo escreve: “Tudo é lícito, mas nem tudo convém” está nos dando uma dica de que, algo independente de nosso gosto ou fontes disponíveis, pode ser usado como filtro para peneirar as impurezas. Disse Jesus também: Examinem as Escrituras (João 5.39). Use o filtro da Bíblia, especificamente o Evangelho... O que é falado, mostrado, ensinado ao nosso derredor confere com o jeito de Cristo? Sou grato por minha (falecida) mãe, pelo filtro e pelo ensinamento que hoje repasso às comunidades. Lembro a importância de família e o cuidado que precisamos ter uns com os outros e, em especial, com nossas crianças e jovens num mundo repleto de verdades e “fake News”. Escrevo essa reflexão sorvendo um mate com água do filtro São João.
