Neste início de fevereiro, os luteranos foram surpreendidos com a notícia de que um dos seus centros de formação (Curitiba/FATEV) encerrou suas atividades. Com respeito ao ingresso de jovens na Teologia, vivemos um período de “vacas magras”. Lembro que, em 1982, éramos 66 jovens iniciando o curso teológico. Daquela turma, alguns desistiram, outros seguiram noutras vocações. Dos que concluíram a formação, alguns faleceram, outros já se aposentaram. Também, sem esquecer, alguns abandonaram o chamado ou, até mesmo, a igreja que os acolheu. Por fim, da turma enorme, resta ainda um mínimo em atividade. Neste ano, poucos ingressaram nos dois centros de formação ativos (São Leopoldo/EST e São Bento do Sul/FLT). Qual é o resultado final desta conta? Minha preocupação não resvala apenas à crítica ou pessimismo quanto a escassez de ministros. De fato, há um grande desafio diante da IECLB, tanto aos ministros ativos, quanto às comunidades. Resta-nos animar os jovens para “assumirem” o seu chamado ministerial, o que envolve apoio emocional e financeiro. Desde sempre, Deus continua vocacionando líderes, músicos, sacerdotes, profetas, missionários, diáconos, mestres, ministros, enfim... Se deixarmos seguir o atual rumo, sem uma qualificação adequada, as igrejas históricas deixarão que o povo brasileiro caia nas mãos daqueles que se auto intitulam “pastores” sem ter de fato o chamado comunitário e um preparo, tanto oficial, quanto adequado. Entre a falta de qualidade, a heresia e o abuso espiritual, o espaço é curto. “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11.29). Fica a dica!
“O Senhor da Ceifa Chama” com Marcos Antônio.
