Domingo após domingo, o viúvo Ricardo chegava ao culto trazendo pela mão seu netinho, encaminhando-o em seguida ao Culto Infantil. O jovem estagiário admirou-se da dedicação daquele avô. Mas, ficou curioso... Então, após a celebração, puxou conversa: É seu neto? Sim! O senhor é um bom exemplo quando encaminha o pequeno na fé. Sim! Disse Ricardo. Mas, de fato estou tentando me redimir e corrigir um desvio do passado. O moço ficou ainda mais curioso: Como? Ouviu, então, um belo testemunho (ou seria uma confissão). Quando era jovem e recém-casado só me preocupava com o trabalho, pois queria enriquecer e garantir o futuro de minha família. A principal preocupação era com os bens e o dinheiro. Dei pouco atenção à minha esposa e menos ainda ao meu filho. Também, não tinha tempo para a igreja. Deixei Deus de lado. Meu filho cresceu seguindo meu exemplo. Tornou-se um ateu convicto. Alguns anos atrás, o câncer levou minha esposa, que no leito de morte me disse: Só em Deus encontrei força na dor. Ele está comigo e nos seus braços vou descansar. Assim, ela faleceu. Naquele momento, entendi o valor da fé. Ajoelhei-me, agradecendo pelo exemplo da minha esposa. Decidi mudar. Mas, já tinha perdido muito tempo. Meu filho não cria em nada. Mas, permitiu que seu filho - meu neto – me acompanhasse à igreja. Onde errei com meu filho, quero acertar com meu neto. Por isso, estamos aqui, todos os domingos.