Luiz era um menino agitado. Jamais ficava sossegado. Nos cultos, tirava a atenção de todos. Não que fizesse barulho. Mas, caminhava de um lado ao outro. No banco, ficava só se mexendo ou folheando a Bíblia e o hinário. Certa manhã, Dona Judite – professora aposentada – sentou-se ao seu lado. Ela abriu a bolsa e lhe alcançou uma Bíblia para Crianças. Desafiou: Duvido que você encontre aqui a história que o pastor vai contar. Luiz começou a folhear freneticamente a Bíblia. De repente lembrou que também precisava escutar o pastor. Todavia, ele nem sempre falava. Às vezes, a comunidade cantava. Havia ainda leituras e outras falas. Ficou complicado. Não deu conta da missão. No fim do culto, Dona Judite disse: Luizinho! Fique com a Bíblia. Estude. Na próxima vai ser mais fácil. Assim foi domingo a pós domingo: Ela propondo. Ele escutando. Com o tempo, sossegou. Anos depois, no Ensino Confirmatório, Luiz era um dos poucos que sabia bem a ordem do culto. Também, conhecia como poucos, as histórias da Bíblia. Diz o profeta: “No sossego está a tua salvação. Na tranquilidade, a força” (Isaías 30.15).