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Colgate!

09/10/2020

 

William Colgate nasceu em Kent na Inglaterra em 1783. Ele foi o fundador de uma pequena empresa em Nova Iorque em 1806, que viria se tornar a gigantesca Colgate-Palmolive. Inicialmente se dedicou à venda de goma, velas e sabões de produção caseira. Revelando sempre uma forte orientação para a comunicação, sua arrancada para o sucesso aconteceu inicialmente a partir de uma arrojada e inovadora campanha de divulgação feita em 1817, anunciando os seus produtos em jornais e colando cartazes pelas ruas. Então, tornou-se conhecido como o magnata do sabão. Ele fundou também o Colgate College em Nova Iorque, hoje uma importante universidade norte-americana. Faleceu em 1857, aos 74 anos. Após sua morte, a companhia passou a ser chamada de Colgate & Company (1857). Após seis anos de pesquisa com perfumes e essências, a empresa lançou no mercado o seu primeiro sabonete perfumado, o Cashmere Bouquet (1872), que se manteve na preferência de muitos consumidores durante cerca de 120 anos. As inovações foram surgindo. No ano seguinte, foi lançado o produto que viria revolucionar a imagem da empresa, creme dental Colgate. Inicialmente foi comercializado em latas. Emm 1896 passou a ser embalado em tubos de formato muito semelhantes aos atuais. Somente em 1928, associou-se à Palmolive Company, que se dedicava ao fabrico de sabonetes, constituindo assim a Colgate Palmolive Company. Aproveitando a notoriedade dos seus produtos, em especial, a pasta dental Colgate e o sabonete Palmolive, a nova companhia alargou as suas vendas. Mesmo durante a II Guerra Mundial, manteve-se sempre na vanguarda das inovações. No final da guerra em 1945, lançou um novo produto: Ajax, na categoria de limpeza caseira, passando assim a atuar em três mercados diferentes: Higiene oral e pessoal, também limpeza caseira. Somente em 1953 que a empresa adotou a sua atual denominação social Colgate-Palmolive. Essa é a história da administração de William e seus sucessores.

Porém, há outro lado. A decisão espiritual de Colgate que o impulsionou ao futuro. Com dezesseis anos de idade, William saiu da casa, porque faltava pão. Na estrada, encontrou um velho conhecido cristão, o qual orou com ele, fortalecendo sua fé. Na despedida o amigo profetizou e aconselhou: “Alguém” vai se dar bem em Nova Iorque. Espero que seja você. Por isso, seja um sujeito prudente. Dê o seu coração a Cristo. Dê a ele também a parte que lhe pertence. Sei que você será abençoado. Quando entrou na cidade de Nova Iorque, William levava consigo tudo o que possuía embrulhado numa toalha. Com dificuldade encontrou emprego. Com saudades de casa e lembrando-se das palavras amorosas da mãe e do velho amigo que o aconselhara a buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, uniu-se imediatamente à comunidade cristã no bairro onde residia.

Do primeiro dinheiro que recebeu, deu a décima parte a Deus. Não muito tempo depois de achar esse emprego, tornou-se sócio do patrão, que epois de alguns anos faleceu. William ficou como único dono da fábrica. Logo em seguida, ordenou ao seu contador que abrisse uma conta corrente chamada: DÍZIMO, lançando ali a décima parte de todos os lucros da empresa. Colgate prosperava. Os seus negócios cresciam. A família foi abençoada. O sabão que fabricava tinha grande aceitação, pois era “popular”. Colgate foi dizimista durante toda sua longa e bem-sucedida vida comercial. Ele não se contentou com 10% de seus lucros, mas deu 20%, 30% e finalmente, 50%. Ou seja, a metade da sua renda pessoal para o trabalho de Deus no mundo. É fato comprovado. Ele sentiu a necessidade de dar o dízimo porque reconheceu que Deus era doador de tudo quanto possuía, não somente da oportunidade em crescer como empresário, mas até mesmo dos elementos que eram usados na fabricação de seus produtos.

Mas, afinal, o que é o dízimo? Separar uma porção de sua renda é um hábito regular pelo qual um cristão, procurando ser fiel à sua fé, põe à parte. 10% de suas rendas é um reconhecimento das dádivas divinas. Assim ele reconhece que Deus é o Senhor de todas as fontes materiais e espirituais. Tal rendimento é usado para a manutenção e expansão do trabalho de Deus. O ato de entregar o dízimo traz nova esperança e força tanto para o indivíduo como para o mundo. Cada ocupação ou profissão que emprega esforços humanos se relaciona com fatores que estão além do seu poder. Pelo dízimo se supõe que Deus continua a ser o dono das posses materiais que são confiadas às pessoas. O título final da propriedade ou dinheiro não fica com a gente, mas com Deus. A pessoa pode ser administradora dessas posses durante muitos anos. No entanto, ela deverá inevitavelmente entregar aqueles títulos no fim de sua vida. Então, sua posse passa à guarda de alguma outra pessoa. No momento, ela é apenas administradora.

Contudo, a nossa história não deve ser mal-entendida. Não significa que todos aqueles que devolvem o dízimo a Deus serão prósperos materialmente como foi o dono da Colgate. Com Deus não se negocia. Dar para receber não é bíblico. Por quê? Em muitos casos a prosperidade material leva ao relaxamento espiritual. Por isso é que o Sábio alerta com seu pedido de oração: “Afasta de mim a falsidade e a mentira. Senhor! Não me dês nem a pobreza, nem a riqueza. Dá-me o pão que me for necessário. Para não suceder que, estando farto, negue ao Senhor dizendo: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido venha a roubar e profanar o teu nome” (Provérbios 30.8-9). Também, Davi nos incentiva a viver sob a promessa: “Fui moço e agora sou velho. Jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência mendigando pão” (Salmo 37.25). Amém!
 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Antigo / Livro: Provérbios / Capitulo: 30 / Versículo Inicial: 8 / Versículo Final: 9
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 59359

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